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[Crítica] Estrada da Morte


Direção: Larry Cohen
Ano: 2006
País: EUA
Duração: 60 minutos
Título Original: Pick Me Up

Crítica:

Estamos em reta final com o especial de críticas da primeira temporada de Mestres do Horror. Essa é a penúltima rodada e o especial termina no próximo domingo, com o último episódio da temporada, o polêmico Marcas do Terror. Inicialmente, os três últimos episódios seriam lançados no mesmo dia, mas houve uma mudança para que eu possa comentar da série em geral em sua Season Finale (apenas um balanço da qualidade, já que todos os episódios são independentes). Felizmente, essa segunda metade da temporada tem se apresentado muito mais interessante que a primeira.

A história desse episódio gira em torno de um grupo de pessoas que estava em um ônibus que acaba quebrando no meio da estrada deserta. Enquanto alguns decidem andar, outros pegam carona com um caminhoneiro e, outros, permanecem no ônibus quebrado - esperando o resgate oficial. Logo, eles irão perceber que as estradas não são seguras e que dois seriais killers brutais disputam território. Enquanto um dá carona para suas vítimas, o outro costuma pedir carona para àqueles que irá matar. Eles irão competir por suas vítimas, o que os levará a um confronto por quem merece ter a cabeça da garota sobrevivente. É um péssimo dia para ficar andando pela estrada.

Desde já, sou moralmente obrigado a dizer que esse é o melhor episódio da série, conseguindo superar até mesmo Pacto com o Demônio, que estava no auge até essa semana. É incrível como o diretor e o roteirista se uniram em uma história simples e divertida, que tem todos os elementos necessários para agradar os fãs do terror. São de episódios desse nível que a série estava precisando. Infelizmente, o quadro geral não é nada bonito e somente focando em histórias desse nível que podemos ter alguma esperança de encarar algo bom pela frente. Na dúvida, sempre pegue o caminho mais simples. Assassinos na estrada são muito mais interessantes que mulheres veado, por exemplo.

Para começar, os atores estão muito bem em seus papéis. É claro que não estou falando dos menos importantes - por eles são irrelevantes -, mas o trio principal consegue uma boa interpretação e dividem bem a tela. De um lado, temos a garota sobrevivente, que se mostra mais esperta que as outras vítimas. De outro, temos os vilões, que se mostram pessoas aparentemente normais. O mais novo consegue ganhar suas vítimas por causa de sua aparência, enquanto o mais velho se mostra inofensivo, apesar de ambos serem mortais. Uma das sacadas mais interessantes do enredo é mostrar que qualquer um pode ser um serial killer, independente de sua aparência. O roteiro até brinca com as infinitas possibilidades ao entregar um desfecho irônico.

Além de muitas mortes, o episódio também reserva sua dose de violência e perseguições. A maioria das mortes acontece em offscreen, o que não as tornam menos interessantes - como a do bagageiro do ônibus. Há algumas cenas violentas ao mostrar o resultado do trabalho de um dos assassinos em uma vítima no motel. Porém, os momentos mais emocionantes estão no terceiro ato, onde somente os três personagens principais estão em pé e se chocam em uma batalha final por domínio. O roteiro não perde a oportunidade de focar em uma luta entre os dois vilões, no melhor estilo Freddy vs. Jason.

Enfim, esse é uma história simples e eficiência. Consegue aproveitar todos os elementos e supera qualquer expectativa. Esse episódios consegue ser melhor que muito filme conhecido por aí e samba totalmente na cara dos episódio anteriores dessa série. Definitivamente merece ser visto. Difícil agora será encontrar outra história no mesmo nível. Será que é possível? Ainda temos mais duas tentativas, apesar de parecer improvável que qualquer uma delas irá conseguir se sair melhor. E a segunda temporada? Só saberemos no ano que vem.

Trailer:

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